Mercados agrícolas ajustam expectativas
Os mercados agrícolas começaram a quinta-feira com ajustes moderados nas principais commodities, em meio a expectativas por novos relatórios e à reorganização da oferta global, conforme análise da TF Agroeconômica. No trigo, os agentes mantiveram a postura cautelosa observada no dia anterior, enquanto aguardam a atualização dos dados do Canadá, que deve elevar a estimativa de produção para 2025 de 36,6 milhões para aproximadamente 38,5 milhões de toneladas. A possível revisão soma-se aos aumentos anunciados recentemente por Argentina e Austrália, reforçando a percepção de maior disponibilidade no mercado internacional.
A soja iniciou o dia com leve alta em Chicago, impulsionada pela expectativa em torno do relatório do USDA. O mercado ainda refletia a sinalização do Tesouro dos Estados Unidos de que a compra chinesa de 12 milhões de toneladas só será concluída no fim de fevereiro de 2026, o que reduziu parte do otimismo recente e estimulou novas vendas pelos fundos. A China teria adquirido lotes de soja do Brasil e dos EUA, enquanto o país brasileiro segue enfrentando seca no Sul e registrando um ritmo de plantio um pouco acima da média. Os preços FOB permaneceram estáveis, acompanhados pela queda dos prêmios do óleo e do farelo.
No milho, os contratos recuaram em Chicago diante do aumento da oferta de grãos novos, resultado do interesse dos produtores americanos em aproveitar as cotações elevadas após a colheita recorde. As exportações continuam firmes e seguem como fator de sustentação, aguardando o relatório de vendas do USDA. No Brasil, os preços seguem em alta gradual, sustentados pela demanda, com destaque para o valor de julho na B3, considerado elevado para a fixação da próxima safrinha.
Deixe um comentário