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A abertura dos mercados agrícolas nesta manhã é marcada por ajustes nas bolsas internacionais e pela expectativa em torno de novos dados oficiais. Conforme análise da TF Agroeconômica, trigo, soja e milho apresentam comportamentos distintos diante do cenário externo e das projeções de oferta.

No caso do trigo, a alta em Chicago é resultado da continuidade das compras por parte dos fundos, mesmo com a oferta global considerada elevada. Os contratos de dezembro avançaram, enquanto os preços físicos no Paraná e no Rio Grande do Sul tiveram apenas pequenas mudanças. A consultoria destaca que a colheita avança rapidamente no Hemisfério Sul e que a confirmação da safra recorde na Argentina — estimada em 24,5 milhões de toneladas — deve impulsionar as exportações além do que o USDA projetou em setembro.

A soja registra leve valorização em Chicago no dia de retomada dos relatórios do USDA, que ficaram suspensos por 43 dias. No Brasil, os prêmios de exportação seguem estáveis, enquanto óleo e farelo mostram recuperação em países da América do Sul. Desde setembro, a ausência de dados oficiais e as tensões entre Estados Unidos e China ampliaram a volatilidade, que só diminuiu após a trégua comercial e novas sinalizações de compra. No país, o clima desfavorável continua sendo um fator limitante para o potencial da safra 2025/26.

O milho começa o dia com variações leves após quatro sessões consecutivas de alta em Chicago. No mercado físico brasileiro há pequenas valorizações, e os futuros oscilam de forma irregular. O foco agora está no relatório mensal do USDA, que deve atualizar estimativas paralisadas durante o período de apagão administrativo. Antes da divulgação oficial, consultorias privadas já apontavam produção e estoques finais menores do que os números de setembro, o que explica a postura mais prudente de compradores e vendedores.